Transparência Mojubá

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Arrepios...

Eu tenho que confessar que eu não tinha medo como a maioria das pessoas, em visitar um centro de Umbanda, eu nunca achei que fosse ver nada pior do que eu ja havia visto, afinal...tenho medo é do vivo e não do morto. Mas sempre tem aquela coisinha que fica, das histórias que se ouve por ai, do que se vê "em um lugar desses"


Quando cheguei, naquela casa simples, pessoas normais, fiquei bem a vontade, sentia muitos arrepios, parecia que "pessoas" me tocavam o tempo todo, eu estava acostumada a ouvir e ver...a sentir, ainda não. Na época não tinha batuque na casa, só palmas e os pontos cantados, e a gira começou, a vontade de rir é inevitável (e você sabe do que eu to falando) sentimos um misto de medo, nervosismo, desconfiança, e fica imaginando o que vai vir a seguir, mas depois que as entidades tomam seus lugares, tudo se acalma e você percebe que todo mundo se comporta normalmente, então você fica esperando a sua vez de ser chamada e pensa ó que eu vou dizer´?. Fui la tomar meu primeiro passe.


 Em menos de dois meses eu ja estava me sentindo em casa, tinha gira toda semana, e toda segunda eu estava la, ate que em uma gira de preto fui atendida pelo preto velho "mestre" da casa e ele me disse tudo que eu ja sabia, ja me disse que eu era filha de Oxum, que eu precisava desenvolver, e me convidou pra participar das reuniões de desenvolvimento da casa. 


Ali eu ja estava me sentindo outra pessoa, ja tinha feito uma limpeza espiritual no próprio centro (porque eu cheguei la naquele estado lastimável,ne) e ja tinha comprado vários livros, conversado com pessoas que entendiam mais de Umbanda e ate feito "contato" com meus guias em sonho, mesmo sem entender ainda quem eram eles. 


Pra mim foi muito fácil estar naquele meio, mesmo tudo andando contra, minha familia não aceitou, (minha mãe não aceita ate hoje), meu marido por mais que sempre tenha vivido dentro do espiritismo me viu envolvida demais e também  quis que eu andasse em passos mais lentos, mas acho que não era o que estava reservado pra mim...era uma sede de conhecimento arfante, e eu não conseguia pensar em outra coisa.


Tenho que confessar que aprendi muito do que sei (sei muito,mas tenho consciência que ainda não sei nada) foi por meu esforço e minha dedicação, porque as pessoas normalmente não querem te ajudar a subir degraus, não querem ver ninguém mais novo ter mais mediunidade do que os mais velhos, ou mais "experientes" na casa, porque esquecem que idade e tempo de casa não significa mais conhecimento e muito menos mais desenvolvimento, mas isso é outro capitulo. Eu nem ligo pra essas coisas só emano coisas boas pra todos e com isso vou absorvendo só o que tem de bom por ai. Até em um lugar onde se transmite paz e caridade, pode existir muita maldade.


Aprendi por exemplo, que nada acontece por acaso...que o livre arbítrio só existe pra você dar um pouco mais de valor ao propósito onde quer chegar, mas o final vai ser sempre aquele e que você deve viver o dia de hoje e programar no máximo o de amanhã, não sofra por antecipação, não seja metódico, viva intensamente o seu dia e não queira programar tudo na vida, a frustração pode acabar com os sonhos de um ser humano.



Quebrando o Gelo, hehe

Alguem ja viu aquele video do Hassum sobre religiões?? Demagogias e hipocrisias a parte, é muito engraçado e reflete bem a idéia das pessoas sobre cada uma, pelo menos as mais comuns aqui no Brasil.Eu sempre dou muita risada quando assisto, e assisto muitas vezes pra poder deixar a vida mais leve e mais livre de preconceitos.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Loucura...Depressão...O fim??

Será que todo espírita, umbandista, candomblecista antes de se "descobrir" médium, ja foi chamado de louco, ou se achou louco?? Porque não tem como você acreditar em algo que ainda não tem conhecimento real, e é mais ou menos como quando alguem fala em E.T.S, as pessoas riem e acham que você ou é louco ou é influenciável demais, que te fizeram uma lavagem cerebral, e olha que hoje em dia as coisas ja estão bem mais fáceis de se acreditar, mas não em todas as familias, né? Ja ouvi dizer desobre pessoas que foram internadas em hospícios mesmo, e nunca foram tratadas como deveriam, por não terem o conhecimento do lado espiritual, quantas pessoas hoje sofrem com depressão, com angustias e coisas inexplicadas somente por não saberem desenvolver o seu lado místico.


Eu passei por essa fase, e foi a duras penas, tive desmaios sem resposta (contamos 20 ,caia dura do nada), uns diziam que eu tava doente, porque tive dores de cabeça severas desde a adolescência e minha avó  tinha morrido de aneurisma, outros diziam que eu fingia, meus pais me levavam aos médicos mas ninguem descobria o que eu tinha, afinal (eu não tinha nada?)...nesta época eu ja estava casada, com uma filha, casa pra cuidar e todo o mundo pra carregar nas costas. O real e o espiritual, que tinha voltado a me rondar.


Meu marido, que veio de uma familia espírita ja sabia com o que estava lidando e sempre me dizia:
-Enquanto você não procurar desenvolver isso, não vai ter paz. (ou algo parecido).
Mas eu não queria nem saber de conversa, pra mim macumba era gente matando bicho, chupando sangue e roubando criancinhas pra fazer rituais satânicos, simples assim. Então enlouqueci, dentro da minha loucura...fiquei doente de todas as formas que alguém pode ficar, fisicamente, no relacionamento, com as pessoas e psicologicamente perturbada...ja não dormia mais, engordava e emagrecia, comecei a tomar anti-depressivos, faixa preta pra dormir que derrubavam até cavalos, foi quando ja com dois filhos, vi que não tinha mais saída, e fui com o meu marido no centro de Umbanda onde ele frequentava havia alguns anos.


Então cresci, e...

Pois é, os anos realmente passam, e eu cresci, será? Até hoje muita gente acha que não.


Passei uns 3 ou 4 anos sem quase nenhum sinal de mediunidade, acho que me desliguei totalmente de todas aquelas coisas astrológicas, estrambólicas e místicas.


Um final de adolescência meio "paty", meio "pop", meio "essa não sou eu, mas é o que os outros querem que eu seja". Linda, loura, sexy e fútil, não necessariamente nesta ordem, parei de estudar, andava com as pessoas mais sem conteúdo que ja existiram, pessoas que eu sempre abominava, porque eu sempre fui inteligente, sempre passei de ano direto, sempre com as melhores notas, sentava na primeira carteira, tinha fama de cdf chata, vivia lendo, e agora...quem sou eu??? 


Com 20 anos enlouqueci (ou não?), eu não queria ser aquela pessoa que as pessoas só se aproximavam pela "casca", então radicalizei, cortei o cabelo pintei de preto e me fechei novamente no meu mundo, não no mundo misterioso do "eu sei o que você fez no verão passado", mas eu precisava parar, puxei o freio antes que fosse tarde demais, sumi das pessoas, mudei a forma de me vestir, fiquei confortável comigo mesma, fiz uma tatuagem (um hexagrama, que só depois foi me fazer todo o sentido do mundo) escondida de papai e mamãe, claro. Voltei a estudar e conheci alguém especial que mudou toda a minha vida...para sempre.



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E os anos passam...

Acho que muita gente tem o tal "sexto sentido" para interpretar pessoas, eu sempre tive isso, sabe quando você ja não vai com a cara de alguém mesmo sem conhecer? Ai vem uma pessoa e te diz:
-que coisa feia, converse com ele que você vai ver que é uma pessoa legal.-
Então você tenta dar a chance e ir contra os seus aguçados sentidos e pimba, a pessoa é tão ruim quanto você ja imaginava, hehe. Você acaba criando uma força interior , se sentindo meio um super herói da adivinhação de pessoas, porque nota que não erra com ninguém, é meio como aquela expressão "o santo nao bate" (ja falei o quanto adoro aspas??), continuando... então, esse negócio de santo nao bater existe mesmo, e quando alguma coisa te diz que aquela pessoa não vai te trazer boas coisas, corre, mas corre muito que dali vem chumbo grosso.

Eu também tive uma fase de adivinhações, não como os mágicos , eu realmente sabia mas não me pergunte como que ate hoje não cheguei nessa resposta. Eu simplesmente sabia, eu olhava pra pessoa, ex: namorado,mãe, irmão,amiga(que alias acho que só tive uma ou duas a vida inteira)...qualquer pessoa, e soltava:- você fez isso, ou você foi la e as vezes ja ia cobrando, porque você falou aquilo- claro que a criatura ficava branca, verde e depois cor de rosa, ai me dizia:- Quem te contou, foi o fulano ne?. kkkkk E eu dava risada, porque ninguem me contava, vinha na cabeça sabe?( não sabe ne?).

Depois disso comecei a ouvir pessoas na minha cabeça, ou seria no meu ouvido?Enfim...eu ouvia,sentia, sabia...sei la, as vezes ouvia pessoas discutindo, rindo, ate falando de mim, flashs de conversas, então eu comentava - escuta fulano, seus pais brigaram? ...a resposta foi não, mas passou uns dias o casal teve uma briga feia, exatamente pelos motivos que eu tinha ouvido...assim aconteceram com varias pessoas, varias historias, muitas nem sei quem eram. E assim foi passando minha adolescência quase solitária no meu mundo louco. Eu tinha aquela mania de mocinha boba, de encher o quarto com revistinhas de horóscopo, bruxinhas penduradas pra todo lado e incensos, muitos incensos (lembrei agora de uma tartaruguinha que eu "matei" sufocada dentro do quarto por causa do incenso, depois disso aboli eles do meu quarto), porque naquela época eu mal sabia da existência de outras religiões a nao ser católica, evangélica e protestante.

Então eu pensei: Ja sei, eu sou uma Bruxaaa, faço coisas que ninguem faz, e as pessoas nao acreditam em mim, (não existia internet, detalhe) entao nas revistinhas de horóscopo tinha a area de endereços pra você fazer amizade, e ali eu escrevia cartas para o mundo todo pra conversar sobre:Bruxaria.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O início???

Talvez, pelo menos no entendimento da vida "normal" acho que meu inicio mediúnico foi na infância, com toda aquela coisa de amigo imaginário, espíritos sentados ao pé da cama, vozes chamando, chorando e sempre pedindo alguma coisa. Claro que como a grande maioria das crianças, minha mãe nunca acreditou em mim, então o tempo foi passando e eu me acostumando com tudo aquilo como algo natural...


Imagino o que passa na cabeça de uma criança, nascida em um lar católico quase não praticante (daqueles que só vão em batizados,casamentos ,enterros e missas esporadicamente) vendo, ouvindo e sentindo espíritos e não sabendo o que é, e nem tendo a menor explicação sobre isso, eu não sabia, no começo tive medo e depois me acostumei.


Sempre fui apaixonada por animais, de todos os tipos. Eu era daquelas que catava os cachorros de rua e trazia pra casa pra cuidar (era ou ainda sou?), vivia rodeada de coelhos, cahorros, peixe, tartaruga, hamister, passarinhos, periquitos...minha mãe quase tinha um troço quando eu aparecia com mais um, mas era minha natureza, o que eu podia fazer, nunca pude ver um bichinho que ja queria ele pra mim, e plantas então? Minha avó paterna que era evangélica e também minha madrinha adorava mexer com plantas e terra, e eu ia muito a casa dela, e peguei essa "mania" também. Sempre fui muito amante da natureza, do natural, da vida e de proteger tudo isso.


Com o tempo as coisas pararam de ser tão constantes e eu quase me esqueci do que eu "sabia" a mais que os outros, porque ate então eu achava que só eu via aquelas coisas, as vezes eu ate comentava, mas as pessoas faziam aquela cara, sabe???? Enfim, os anos passaram....





quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Minha vida na Umbanda

Sou médium de incorporação, audiente, sensitiva, transporte, vidente e de cura. Todas as minhas faculdades mediunicas então em constante desenvolvimento, graças a Deus (Olorum, Zambi). Recebo entidades como Pretos Velhos, Crianças, Pombas Giras, Povo do mar, Ogum...e muitas outras nos mistérios dessa Umbanda querida.


Sou filha de Oxum.